A Fortaleza nos tempos de Oliveira Paiva Nos anos 1860, Fortaleza apresentava grande diversidade étnica, composta essencialmente de portugueses, italianos, judeus, negros africanos e índios. Não havia aristocracia, nem classe social, definidas. Alguns se dominavam Desembargadores, Juízes, Coronéis e, sabe-se lá a que título! Cidade pacata, iluminada pela luz fosca de lamparinas e velas , sombreadas pelas vidraças das casas e, pelas ruas, a luz da Lua auxiliava o bico de gás. A do Chafariz era a mais frequentada que bombeava água de poços profundos para algumas residências no centro. O calçamento vivia encoberto de capim e de terra molhada. A cidade era rodeada de sítios no bairro de Outeiro, onde se via casinhas de palha espalhadas ao longo dos caminhos que articulavam Fortaleza ao entorno. Na rua de Baixo, que ficava entre o Largo e a atual rua São Paulo, via-se um atropelo de carroças que desciam carregadas de fardo de algodão, de couros, de sacas de café...