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O adeus a Oliveira Paiva
O adeus a Manoel de Oliveira Paiva Em setembro de 1892, o irmão J. da Rocha esteve na casa de Oliveira Paiva e descreve seus últimos momentos: “Oliveira Paiva, estendido em uma cama de vento, tinha a um dos lados sua veneranda mãe, do outro sua extremosa esposa e sua filhinha, interessante criancinha com quem ele brincava quando os acessos da tosse pertinaz lhe davam lugar. Na cabeceira, pendente da parede, estava a divina imagem de Cristo crucificado, e Oliveira Paiva volvendo os olhos para ela disse-me com a convicção sincera do crente: Aquele é meu pão. As lágrimas, lágrimas de angústia porque sabia ter diante de mim um cadáver, cadáver que só a Providência Divina podia ressuscitar, rolaram-me pelas faces e procurei distração nas conversas banais. Oliveira Paiva disse-me, depois de lhe ter perguntado para que me havia chamado: - Porque não me remete - O Operário? V. sabe que eu gosto de seu jornal, porque não ...
Fortaleza nos tempos de Oliveira Paiva
A Fortaleza nos tempos de Oliveira Paiva Nos anos 1860, Fortaleza apresentava grande diversidade étnica, composta essencialmente de portugueses, italianos, judeus, negros africanos e índios. Não havia aristocracia, nem classe social, definidas. Alguns se dominavam Desembargadores, Juízes, Coronéis e, sabe-se lá a que título! Cidade pacata, iluminada pela luz fosca de lamparinas e velas , sombreadas pelas vidraças das casas e, pelas ruas, a luz da Lua auxiliava o bico de gás. A do Chafariz era a mais frequentada que bombeava água de poços profundos para algumas residências no centro. O calçamento vivia encoberto de capim e de terra molhada. A cidade era rodeada de sítios no bairro de Outeiro, onde se via casinhas de palha espalhadas ao longo dos caminhos que articulavam Fortaleza ao entorno. Na rua de Baixo, que ficava entre o Largo e a atual rua São Paulo, via-se um atropelo de carroças que desciam carregadas de fardo de algodão, de couros, de sacas de café...

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